18 de março de 2011

Após prometer ‘inferno’ a quem atacar, Gadafi cessa-fogo

Muammar Gadafi
O ministro de Relações Exteriores, Mussa Kussa, anunciou que a Líbia suspendeu todas as operações militares no país. De acordo com ele, o objetivo do governo é proteger os civis. “Decidimos por um cessar-fogo imediato e pela paralisação imediata de todas as operações militares”, afirmou.


A decisão acontece um dia após a ONU ter autorizado ataques aéreos contra as forças do governo da Líbia, sob a justificativa de que “todas as medidas necessárias” para proteger áreas civis devem ser feitas. A decisão da organização foi recebida com festa por milhares de manifestantes antigoverno.

Mais cedo nesta sexta-feira, o ditador líbio, Muammar Gadafi, havia afirmado que responderia a qualquer forma de ataque ao país, fazendo “um verdadeiro inferno”. “Se o mundo ficou louco, nós também ficamos. Responderemos. Suas vidas se transformarão num inferno”, disse em entrevista à rede de TV portuguesa RTP.

Outro que não ficou satisfeito com a medida, foi o filho do ditador, Saif al Islam, que já é considerado sucessor do pai. Islam afirmou não “ter medo” de uma intervenção militar internacional. “Estamos em nosso país e com nossa gente. E não temos medo”, justificou.

O porta-voz do Governo francês, François Baroin, assegurou que o país irá participar de uma operação militar contra o regime de Gadafi. O porta-voz não informou maiores informações sobre quando e como será a operação, entretanto, deixou indicações que possíveis ações podem ocorrer em questões de “algumas horas”. Baroin ainda ressaltou que não se trata de uma ocupação, e sim de “uma intervenção, um dispositivo militar para proteger o povo líbio”.

Segundo ele, a medida condiz com o fato de a França ter sido a primeira nação a se posicionar quanto a saída de Gaddafi do poder, que reconheceu os opositores do Movimento Nacional de Transição Líbio e que também esteve a frente na organização de um movimento da comunidade internacional.

Já a Itália pretende conceder três de suas bases militares no sul do país para a realização da resolução aprovada, segundo informações de jornais italianos. As bases seriam de Sigonella e Trapani Birgi, na Sicília, e a de Gioia del Colle, na província de Bari. O governo do país negou a participação de aviões italianos nas ações, por conta da condição assinada junto a Líbia em um Tratado de Amizade, em 2008.
 
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