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A especialista em comunicação Gwyneth Howell, da Universidade de Sydney, na Austrália, explicou que parte de sua pesquisa, que vai examinar como as pessoas usam redes sociais como o Facebook e o Twitter durante tragédias ou grandes crises, vai tentar descobrir como essa mídia pode ser utilizada para ser ainda mais útil.
Ela disse que durante as inundações no estado australiano de Qeensland – durante as quais os sites do Facebook ofereciam notícias sobre o paradeiro das pessoas, ajuda para devolver bichos de estimação a seus donos e informações atualizadas nas zonas inundadas – as pessoas usaram a redes sociais como uma fonte de informação.
- Eles veem as notícias na TV, mas vão a lugares como o Facebook.
A pesquisadora acrescentou que “o que o Facebook e as outras redes sociais estão proporcionando às pessoas angustiadas é incrível, um recurso fantástico”.
Gwyneth Howell foi encarregada de investigar o uso das redes sociais depois do terremoto que atingiu Christchurch, no mês passado, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, causando muitos estragos, mas nenhuma morte.
Gwyneth contou que entrevistas feitas com pessoas que criaram páginas no Facebook para ajudar vítimas das enchentes de Queensland em janeiro deste ano demonstraram “um verdadeiro senso de comunidade” que já existe no mundo virtual.
- Foi essa demonstração que me surpreendeu, esse senso ‘eu não conheço você, mas quero ajudar’.
Gwyneth acrescentou que na cidade de Towoomba, atingida por inundações, a maior parte das pessoas ficou sabendo da tragédia quando os amigos mudaram o status no Facebook, dizendo que foi na rede social “que as pessoas descobriram sobre o desastre o que não souberam pela mídia tradicional”.
A pesquisadora disse que mesmo no Japão, que ainda sofre com as consequências do terremoto de 9 graus de magnitude e do tsunami, o Facebook e o Twitter foram usados para fazer e divulgar páginas de homenagem às vítimas e para enviar mensagens de encorajamento.