21 de março de 2011

Presos usam Facebook da cadeia e preocupam autoridades nos EUA

Islam Dunn, um detento que usa o Facebook na cadeia
O governo do estado americano da Carolina do Sul estuda a criação de uma lei para aumentar a pena de criminosos que, mesmo presos, acessam redes sociais como o Facebook por meio de telefones celulares contrabandeados para dentro da cadeia.


A proposta de lei sugere adicionar 30 dias de prisão à pena do condenado, além de multa de US$ 500, caso ele seja flagrado interagindo por meio de redes sociais. O texto ainda torna ilegal ajudar um detento a criar uma página pessoal na internet.

De acordo com o deputado Wendell Gilliard, do Partido Democrata, as vítimas de crimes não devem ter que conviver com a possibilidade de terem que interagir com os criminosos, mesmo em um ambiente virtual como a internet.

"Sabemos que quem está atrás das grades está usando a internet como um meio de intimidação. As vidas das pessoas estão sendo ameaçadas. Eles estão enviado mensagens em código pelas redes sociais", afirma Gilliard. "Nossa sociedade não pode ficar parada e não fazer nada."

A família de Tarangie Tyler foi assaltada há 2 anos por um grupo de 4 criminosos. Durante o crime, o marido de Tarangie, Jerry, foi morto a tiros por Islam Dunn, jovem de 19 anos que possui uma página no Facebook atualizada regularmente direto de sua cela em um presídio estadual na Carolina do Sul.

"Saber que um dos homens responsáveis pela morte do meu marido está no Facebook é amedrontador", afirma Tarangie. "Se eles querem se comunicar, é para isso que servem papel e caneta."

Os prisioneiros têm o direito de trocar cartas com o mundo exterior, mas toda a comunicação é monitorada. Detentos em presídios federais também podem, de maneira limitada, usar o email, mas apenas para destinatários que tenham concordado em estabelecer este tipo de comunicação com o preso.

Mas é difícil monitorar o uso que é feito de telefones celulares colocados ilegalmente nos presídios. Há registros de fotos publicadas pelos detentos de dentro da cadeia. Há também páginas criadas e atualizadas por parentes e amigos dos detentos.

Em sua página, Dunn comenta que está cansado de ficar na prisão - onde deve permanecer por no mínimo mais 20 anos - e pede a ajuda de amigos para pagar as contas de seu cartão de crédito.

"Quero minha vida de volta", publicou, no Facebook, no dia 29 de janeiro. No dia de seu aniversário, Dunn comentou que estava "muito chapado". Dias depois, afirmou que era "difícil encontrar o amor na cadeia, risos".

Responsáveis pelo presídio afirmaram à reportagem da Associated Press que desconheciam o fato de que Dunn acessava a internet do local. O porta-voz John Barkley afirmou que um investigador iria conduzir uma busca na cela do detento.

Mulher que viu o marido morto agora teme o assassino
 
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