20 de abril de 2011

Será que eles ainda continuam entre nós?

Imagem Gótica

Acreditar na vida após a morte do corpo físico é uma questão de vivência. Antes que a vida escancare fatos que fazem pensar no assunto cutucando o comodismo de cada um, raros são aqueles que buscam esse conhecimento. Por preconceito, receio de iludir-se com coisas perigosas ou mesmo pretendendo fugir do confronto inevitável da morte, a maioria só resolve encarar os fenômenos espirituais com seriedade, depois de sofrer perdas de toda sorte; a morte de um ente querido, a falta de saúde, do emprego, do dinheiro ou da paz aparecem para acudir sua indiferença.


Sem encontrar remédio nos meios convencionais, deprimidos, angustiados, descrentes, cansados e insones, buscam recursos nos meios alternativos, apelando para médicos, terapeutas e até para a medicina holística, iniciando um processo de reintegração espiritual, de recuperação dos valores verdadeiros da alma, o que pode demandar várias encarnações.

Em minha vivência com os amigos espirituais, descobri que existem caminhos menos dolorosos e que é possível você conquistar o desenvolvimento da consciência sem tantos sofrimentos. Só que para isso terá de pagar o preço do esforço próprio, da coragem de confrontar os valores falsos nos quais acreditou até agora.

A educação errada, verdadeira lavagem cerebral a que todos somos submetidos desde que nascemos, utilizada também por aqueles que nos amam, na intenção louvável de nos proteger contra o mal, de nos ensinar e nos  conduzir ao bem, em vez da felicidade desejada tem nos levado ao desequilíbrio, aos altos e baixos emocionais, à limitação dos nossos potenciais, tendo como conseqüência a depressão, o estresse e a insegurança.

É que em vez de valorizarem nosso lado bom, salientarem nossas qualidades, puxam para fora o que temos de melhor, valorizam o mal, policiam os erros, reprimem atitudes que não se encaixam no modelo estabelecido de normalidade, sem perceber que a vida é versátil e que, mesmo tendo valores próprio e eternos, criaram pessoas diferenciadas, com aptidões diversas que não podem ser enquadradas a uma regra comum.

Claro que há leis de proteção que disciplinam as relações sociais, organizam e mantêm a ordem que nosso bom senso manda acatar e seguir. Respeitar as leis do trânsito, pro exemplo, favorece nossa nossa segurança, assim como tantas outras que estabelecem os direitos dos cidadãos.

Não é a isso que me refiro. a organização, a disciplina e a ordem, precisam ser respeitadas porque nos ajudam a viver melhor. Estou falando dos conceitos de comportamento, do modelo de normalidade estabelecido, do julgamento sumário e deprimente de todos aqueles que são diferentes da maioria, esses modelos mudam de acordo com o momento. Antigamente era mais rígidos, porém, ainda, tanto na escola como dentro de casa, os adultos, a pretexto de educar, forçam as crianças a entrar nos modelos convencionais.

Há padrões para tudo. Para beleza física, para formação profissional, para a vida em família, para o relacionamento afetivo etc. São eles que, colocados como fundamentais desde cedo, estabelecem crenças, obstruem a livre manifestação da vocação profissional, impedem a pessoa de amar com naturalidade, criam bloqueios e conflitos.

Para serem aceitos, agradar e tornar-se bem-vistos, todos entram no contexto da maioria, com medo de serem discriminados e apontados como exceção. Acontece que não há duas pessoas iguais. Então, o recurso é reprimir a expansão do próprio eu e tentar adaptar-se ao convencionado.

Quando você faz isso, trai sua natureza, foge à programação que a vida fez a seu favor, perde a identidade, ignora a própria força, torna-se inseguro. Não sendo honesto consigo mesmo, não expressando o que sente, se impedindo de ser aquilo é, não confia mais no próprio discernimento nem na própria capacidade.

Como não confia em si, passa a valorizar o que a maioria diz. Vive consultando os outros. Baseia-se nas informações de terceiros para gerir a própria vida. Segue o que eles disseram. Quanto mais famosos e mais importantes forem, mais você se orienta por eles.

A educação acadêmica favorece esse conceito. E, quanto mais culto, mais intelectual, mais você se ajusta a esse papel. Quanto mais ajustado nele, mais incapaz de controlar as próprias emoções, mais deprimido, mais só, mais descrente e amargurado fica.

A solidão, o vazio no peito, a angústia e o abandono que você sente, revelam o quanto está distanciado da sua verdadeira identidade. O quanto você ignorou e reprimiu os valores verdadeiros do seu espírito.

É triste isso, porquanto a vida deseja mostrar-lhe que você pode viver melhor, progredir sem sofrimentos, ir pelo bom senso, pela inteligência.Contudo, você resiste pressionado pelas crenças que aprendeu, continuando a não querer enxergar as coisas como são, com medo de perder o que nunca possuiu. Então, atrai a dor, o sofrimento, a perda real, porque só elas podem quebrar essas auto-hipnose e fazer com que você perceba a verdade.

Quando todas as portas se fecharam, quando tudo quanto você acreditava ruiu, quando não confia em mais  ninguém e sente que só pode contar consigo mesmo, só a fé na espiritualidade pode renovar sua confiança na vida e fazer com que você reaja.

Só a certeza de que a vida continua após a morte do corpo físico, de que você é eterno, de que tudo no Universo é perfeito e que a vida responde de acordo com o que você lhe dá, fará com que você saia da inversão de valores a que acontece no mundo, modificado seu modo de ver e de fazer suas escolhas.

Então, você ficará mais lúcido, mais perspicaz, usará melhor sua força interior, vai se tornar mais equilibrado e feliz. A vida me colocou em sintonia com essa realidade com essa realidade e a cada dia reconheço o quanto essa certeza tem contribuído para que eu enfrente melhor os meus desafios. Mudou completamente minha visão de justiça, de solidariedade. Tem permitido que eu conserve minha paz, mesmo me sentindo impotente para modificar e resolver os dolorosos problemas que grassam no mundo.

Eu sei que quando eu não posso, Deus pode. Se ele não resolve é porque não quer e se ele não quer é porque assim será melhor para todos os envolvidos. Deus não erra!

A fé na espiritualidade é pessoal é intransferível. É conquista de cada um. Por haver sido tão beneficiada pela crença na espiritualidade é que continuo escrevendo, inspirada pelos espíritos desencarnados ou relatando minhas próprias experiências. Essa é a forma de agradecer à vida todo o bem que esse conhecimento me trouxe.

Acredito que quando um fenômeno e verdadeiro, repete-se em todos os tempos da humanidade. Os "milagres" dos profetas, dos santos, dos iniciados continuam ocorrendo em nossos dias, com a mesma força e as mesmas características.

Quem estiver interessado de verdade e prestar atenção descobrirá que os espíritos desencarnados continuam interferindo no mundo físico, provocando acontecimentos que não podem ser explicados pela lógica materialista.

Ao iniciar meu programa na rádio Mundial, uma vez por semana,comecei a pesquisar esses fatos. Pedi aos ouvintes que  tivessem um caso para contar que me escrevessem.

O resultado tem sido maravilhoso. Algumas pessoas que passaram uma experiência que só poderia ser explicada pela intervenção de seres de outras dimensões, tiveram coragem para me contar o que nunca haviam contado a ninguém, com receio de serem ridicularizadas.

Esses fatos estão narrados neste livro, como aconteceram. Alguns, contados por pessoas que não tinham nenhuma experiência com mediunidade nem com comunicação de espíritos.

São fenômenos naturais que obedecem às leis universais. É preciso estudá-los devidamente, deixando de lado as crendices do sobrenatural. Só assim poderemos compreender como a vida funciona de fato, agir para obtermos melhores resultados e sermos mais felizes. Os fatos estão acontecendo, eu tenho boa vontade de contar, tudo trabalha a seu favor, quanto ao aproveitamento, fica por sua conta.
 
Copyright 2011 @ FM Jardim!
Design by Wordpress Manual | Bloggerized by Free Blogger Template and Blog Teacher | Powered by Blogger